Monarquia do Reino Unido

A monarquia do Reino Unido (popularmente conhecida como monarquia britânica) é um sistema de governo, no qual um monarca hereditário é o soberano do Reino Unido e dos seus territórios ultramarinos; os termos monarca britânico e monarquia britânica podem também significar coisas diferentes em diferentes contextos além do Reino Unido. O monarca atual é a rainha Elizabeth II, que reina desde 6 de fevereiro de 1952. A rainha, o atual herdeiro aparente - o filho mais velho de Elizabeth, Charles, Príncipe de Gales (conhecido como Duque de Rothesay, na Escócia) - o consorte da Rainha, príncipe Philip, Duque de Edimburgo e o restante da Família Real, encarregam-se de diversas funções públicas, de acordo com as suas posições; iniciando com a Magna Carta e passando pela Guerra civil inglesa e a Restauração, os poderes políticos do monarca foram gradualmente diminuindo. Hoje, o papel do monarca é constitucional, e restrito a funções não-partidárias, tais como a outorga de honrarias. Apesar disto, a autoridade executiva máxima do governo do Reino Unido é ainda a prerrogativa real do monarca. Tais poderes incluem a dissolução do parlamento, a elaboração de normas para o governo e a regulamentação do funcionalismo público e das forças armadas. Mas estes poderes são apenas utilizados de acordo com as políticas e procedimentos estabelecidos pelas leis aprovadas no Parlamento e; onde a legislação for omissa, dentro dos limites da convenção e precedente. O monarca possui uma variedade de residências reais oficiais e privadas e a Propriedade da Coroa, com ativos no valor superior a sete bilhões de libras esterlinas, é um dos maiores proprietários do mundo. Após a declaração de independência indiana, que efetivamente fez com que o Império Britânico chegasse ao fim, Jorge VI e sua sucessora, Elizabeth II, adotaram o título de Chefe da Comunidade das Nações. Além de reinar no Reino Unido, a rainha Elizabeth II também atua como chefe de Estado para outros quinze países da Comunidade das Nações, colocando o Reino Unido em uma relação de união pessoal com os outros países. Isto desenvolveu-se a partir do antigo relacionamento colonial desses territórios para com a Grã-Bretanha, mas estes territórios, atualmente países, são agora independentes, fazendo parte da comunidade das nações, ou comunidade britânica.

sábado, 7 de maio de 2011

A Boda da Década

Votos de amor eterno, promessa de nova era na monarquia. Futuro rei da Inglaterra, o príncipe William casou-se com Catherine Middleton, agora duquesa de Cambridge, em cerimônia na Abadia de Westminster que encantou o mundo. Enquanto 1 milhão de pessoas foi às ruas de Londres, 2 bilhões conferiam o enlace pela TV. Do glamouroso vestido ao primeiro beijo no balcão de Buckingham, cada momento deste 29 de abril entrará para a história moderna.

Diante do arcebispo de Canterbury, William desposa Kate com uma aliança de ouro do País de Gales. Nervoso, ele treme ao colocar a joia.
Guardado como segredo de Estado, o vestido de Kate Middleton (29) só se revelou na chegada dela à Abadia de Westminster. No momento em que o mundo suspirava com a elegância da futura mulher do príncipe William (28), foco na eleita para a missão: Sarah Burton (36), hoje diretora criativa da grife homônima do londrino Alexander McQueen (1969-2010).

Em tom off white, corset com sobreposição de renda inglesa e renda chantilly francesa, saia evasê com largas pregas de cetim de seda e arremate nas costas com delicados 58 botões, o modelo de beleza atemporal traz ricos detalhes e inspiração clássica. Produzido na Escola Real de Bordado, em Hampton Court, o longo levou semanas para ficar pronto. A cada três horas as bordadeiras lavavam as mãos e trocavam agulhas para garantir a precisão dos apliques de renda. Coube à irmã da noiva e madrinha,Philippa Charlotte Middleton (27), a Pippa, segurar a cauda de majestosos 2,70m.

Com o irmão, Harry (26), o príncipe William (28) deixou a sua residência oficial, Clarence House, às 10h13, em direção à Abadia de Westminster. No luxuoso Bentley, a dupla prestava continências e acenava ao público no trajeto que durou cinco minutos. Às 10h51, foi a vez de Kate Middleton (29), com o pai,Michael Middleton (61), deixar o Goring Hotel, onde passou a última noite de solteira. Os fãs tiveram pequena amostra da elegância da noiva pelas janelas do Rolls-Royce Phantom VI, presenteado à rainhaElizabeth II (85) em 1978.

Em respeito ao rigoroso protocolo da realeza britânica, Kate Middleton (29) não atrasou um minuto sequer para a sua boda. Ao chegar à Abadia de Westminster, às 11h, a noiva seguiu diretamente para a porta de entrada e rapidamente recebeu os derradeiros retoques no véu e na cauda do vestido. Demonstrando surpreendente tranquilidade, ela iniciou a jornada pela nave até o altar logo atrás do arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, conduzida pelo pai, o empresário Michael Middleton (61).

De pé, os cerca de 1900 convidados viram, encantados, o majestoso caminhar de Kate, com o rosto coberto por delicado tule. Entre os vips, o cantor Elton John (64) e seu companheiro, David Furnish (48), o jogador David Beckham (36) e sua mulher, Victoria (37), grávida de uma menina, e o diretor de cinemaGuy Ritchie (42), ex de Madonna (52), além de integrantes de outros clãs reais. Durante o cortejo, o coral de Westminster, formado por 20 meninos e 12 adultos, interpretou I Was Glad, canção de sir Charles Hubert Hastings Parry (1948-1918), composta especialmente para a coroação do rei Edward VII (1841-1910), em 1902.

Na altura da porta oeste da abadia, pela qual ela sairia Catherine Middleton, duquesa de Cambridge, ao lado do marido, o príncipe William (28), ela passou pelo túmulo do soldado desconhecido, que simboliza os militares mortos em batalha. No dia seguinte, enviou o seu buquê para adornar a lápide. O ato tornouse tradição na família real após a rainha-mãe, Elizabeth (1900-2002), bisavó de William, deixar seu buquê no local ao desposar em 1923 o duque de York, mais tarde, George VI (1895-1952), como tributo a Fergus, irmão dela morto na I Guerra. Sua filha, a rainha Elizabeth II (85), repetiu o ato no dia seguinte à boda com o duque de Edimburgo, Philip (89), em 1947, assim como o fez a mãe do noivo, Diana (1961-1997), após o "sim" ao príncipe Charles (62), em 1981.

Guiada pelo pai, Michael Middleton (61), pela nave da Abadia de Westminster, Kate Middleton (29) sabia que cada passo do enlace com o príncipe William (28) entraria para a história do local. Erguido entre 1045 e 1050, o templo tornou-se a igreja das coroações reais em 1066 e, em meados do século XIII, ganhou as formas góticas que até hoje deslumbram visitantes.

Nos últimos cem anos, o templo anglicano abrigou a boda da rainha-mãe Elizabeth (1900-2002), da rainha Elizabeth II (85), de sua filha, a princesa Anne (60), e do filho Andrew (51). Em 1997, a abadia foi palco do velório da mãe do noivo, Diana, morta aos 36 anos após trágico acidente de carro. Como homenagem, a canção Guide me, O Thou Great Redeemer, última tocada no funeral de Diana, foi cantada por todos antes da troca de votos entre os noivos. Em 2007, a alegria tomava conta do local com a missa da boda de diamantes da rainha Elizabeth II com Philip (89), duque de Edimburgo.

Nos quatro minutos que levou para chegar ao altar, a noiva monopolizou os olhares. Antes, não houve quem não admirasse as pinturas do século XIV, vitrais e teto minuciosamente esculpido.

No cortejo, uma charmosa turma causou sensação logo atrás de Kate Middleton (29): Grace van Cutsem(3), afilhada do príncipe William (28), Eliza Lopes (3), neta de Camilla (63), Margarita Armstrong-Jones(8), lady Louise (7), filha do príncipe Edward (47) - com vestidos feitos do mesmo tecido do longo da noiva - e William Lowther-Pinkerton (10) e Tom Pettifer (8), filho de Tiggy Legge-Bourke (46), ex-babá do noivo, usando lindos uniformes inspirados na infantaria inglesa.

Mas quem roubou a cena foi a maid of honor, Pippa (27), em longo by Sarah Burton (36), designer da noiva, valorizando a silhueta invejável. Namorada de Alex Loudon (30), ex-craque de críquete e executivo, Pippa conquistou fashionistas e um fã em especial: o príncipe Harry (26), que teria flertado com ela durante a festa.

Após prometer amar, confortar e respeitar um ao outro, o príncipe William (28) desposou Kate Middleton(29) com aliança de ouro vermelho feita a partir de um pedaço do metal extraído da mina de Clogau Saint David, no País de Gales, e dado ao noivo pela avó, a rainha Elizabeth II (85).

O anel foi fabricado pela joalharia Wartski, que opera desde 1865 e também fez a aliança de Camilla (63), duquesa da Cornualha, na boda com o príncipe Charles (62), em 2005. Seguindo a tradição iniciada pelo avô, Philip (89), o jovem noivo não usará aliança.

Pai da noiva e irmão do noivo, Michael Middleton (61) e o príncipe Harry (26) permaneceram no altar e participaram da cerimônia religiosa. Michael levantou o véu do rosto de Kate (29) e concedeu a filha em casamento ao príncipe William (28), enquanto o jovem nobre guardou a aliança da futura cunhada. Além disso, o quarteto entoou as canções do rito.

Conduzida pelo arcebispo de Canterbury, Rowan Williams (60), a boda que uniu o príncipe William (28) eKate Middleton (29) contou também com a participação do bispo de Londres, Richard Chartres (63). "Este é um dia de alegria. Este é como todo casamento deve ser, um dia de esperança", discursou o religioso, que encorajou o jovem casal a se entregar um ao outro, afirmando que o matrimônio pode transformar as pessoas.

O bispo também leu oração escrita pelos noivos especialmente para a data. "Nós agradecemos ao Senhor por nossas famílias, pelo amor que compartilhamos e pela alegria do nosso casamento. Em cada dia, mantenha os nossos olhos fixos no que é importante na vida, nos ajude a ser generosos com o nosso tempo, amor e energia", dizia a prece.

Defensores do meio ambiente, o príncipe William (28) e Kate Middleton (29) deram exemplo ao optar por alternativa ecologicamente correta para decorar a Abadia de Westminster. Ao invés de arranjos florais, plantas e árvores retiradas de propriedades da família real. Detalhe: todas serão replantadas. Foram usadas flores de árvores frutíferas, azaléias, rododendros, faias, glicínias e lilases. As árvores, no entanto, delicadas e em vibrante tom de verde, chamavam a atenção de todos.

Renomado florista irlandês radicado em Londres, Shane Connolly (47) comandou o time de profissionais fixos da abadia e do Palácio de Buckingham e preferiu espécies da estação ou cultivadas de maneira orgânica, sem agrotóxicos. A ideia agradou, em especial, ao pai do noivo, o príncipe Charles (62), que há décadas transformou os jardins da propriedade de Highgrove em disputada atracão turística.

Já como o duque e a duquesa de Cambridge, os recém-casados deixaram a abadia à frente do cortejo com damas de honra e pajens, pais e irmãos. De mãos dadas, eles apreciaram a magnitude de um décorà altura de quem deve dar uma nova cara à monarquia.

Diante de 1900 convidados na Abadia de Westminster e 2 bilhões de pessoas que viam a boda pela TV, o discreto príncipe William (28) não se conteve ao ver Kate Middleton (29) de noiva. "Você está muito bonita", sussurrou ele, no altar. Durante o rito, o casal atentou à fala do arcebispo de Canterbury, mas trocou olhares cúmplices e sorrisos. Declarados marido e mulher, tiveram o único momento longe dos holofotes na boda, ao assinar a certidão de casamento perante os pais e irmãos na capela do rei Edward, o Confessor (1003-1066), atrás do altar.

Foi ao som da marcha Crown Imperial, do britânico William Walton (1902-1983), executada também no enlace dos pais do noivo, príncipe Charles (62) e Diana (1961-1997), em 1981, que o príncipe William (28) e Kate Middleton (29) deixaram Westminster com seus pais, irmãos, damas e pajens. Entre as belas canções da cerimônia, Sonata para Órgão Op. 28, de Elgar (1857-1934), Prelude on Rhosymedre, deVaughan Williams (1872-1958), e Farewell to Stromness, de Maxwell Davies (76), tributo à segunda boda, com Camilla (63).

Apreciadora de música erudita, a noiva teve a ajuda do futuro sogro para finalizar a seleção. Segundo porta-voz do Palácio de Saint James, eles passaram longo tempo juntos escutando clássicos em seus iPods. Na boda, as canções foram entoadas pelo coro da Capela Real e pelo coral da Abadia de Westminster, conduzidos por James O'Donnell, e executadas pela Orquestra de Câmara de Londres, regida por Christopher Warren-Green (55).

Houve ainda a fanfarra Valiant and Brave, composta para a ocasião por Duncan Stubbs, diretor de música da Força Aérea Real, a RAF, a qual William pertence. Com menos de um minuto, foi tocada pela equipe de Trombetas da Banda da RAF, regida por Stubbs, após a assinatura da certidão de casamento. Kate ainda homenageou o amado com Ubi Caritas ET Amor, de Paul Mealor (35), que estudou na ilha escocesa de Anglesey, local da base do esquadrão militar de William, e Guide Me, O Thou Great Redeemer, não só por ter sido tocada no funeral da mãe de William, Diana (1960-1997), mas por ser o hino da seleção galesa de rúgbi. Fã do esporte, William é o vice-patrono real do Sindicato de Rúgbi Galês.

Cerca de uma hora após chegar ao Palácio de Buckingham, o príncipe William (28) e sua amada,Catherine Middleton (29), agora duque e duquesa de Cambridge, cumpriram mais um ritual tradicional: aparecer com a família real no balcão principal da propriedade. "Oh, uau!", disparou a beldade, surpresa ao avistar as cerca de 800 mil pessoas que se aglomeravam diante do palácio. O casal acenou por alguns minutos e, atendendo a pedidos, levou a multidão ao delírio ao trocar o primeiro beijo em público, que durou exatos 0,76 centésimos de segundo.

Admiravam a festa a rainha Elizabeth II (85) e o marido, Philip (89), o príncipe Charles (62) e sua Camilla(63), os pais de Catherine, Carole (54) e Michael Middleton (61), os irmãos dos noivos, Pippa (27) e o príncipe Harry (26), além das damas de honra, Grace van Cutsem (3), Eliza Lopes (3), Margarita Armstrong-Jones (8) e lady Louise (7), e dos pajens, William Lowther-Pinkerton (10) e Tom Pettifer (8). Diante do insistente coro popular, William deu novamente um beijo em sua mulher, desta vez com 1,25 segundo de duração.

Piloto de helicóptero de busca e resgate da Força Área Real desde setembro de 2010, o príncipe William(28) observou homenagem da esquadrilha da aeronáutica de seu país, da sacada do Palácio de Buckingham, com Kate Middleton (29), as damas lady Louise (7), Grace van Cutsem (3) e Margarita Armstrong-Jones (8) e o pajem Tom Pettifer (8). "É incrível", exclamou ela. "Realmente, é ótimo. Olha quantas pessoas", concordou William - que fez questão de convidar para a boda os 27 membros de sua unidade na Força Área - citando também os cerca de 800000 súditos à sua frente.

Quem roubou a cena, porém, foi a encantadora, e emburrada, Grace, afilhada de William. Com altura suficiente para dar uma espiada pelo balcão, ela cobriu os ouvidos por conta dos gritos da legião de fãs presentes. O motivo para o público ter ido ao delírio: a troca de carinhoso beijo do casal.

Apesar do status real, o príncipe é tratado como um piloto comum. Ele teve de oficialmente pedir licença para conseguir tempo livre para a lua de mel; obteve duas semanas. Sobre a demora do casamento, já que eles se conhecem desde 2001, William é categórico. "Havíamos conversado sobre casamento e planejado isso há mais de um ano. Era uma questão de achar a hora certa. Tinha minha carreira militar, queria realmente concentrar nos meus voos e não poderia ter ficado noivo se ainda estivesse em fase de treinamento. Terminei esta etapa e Kate está em uma boa situação em termos de trabalho... Por isso, nós dois decidimos que agora era o tempo certo", esclareceu o príncipe, que se empenhou durante 20 meses na árdua fase de treinos de voo.

A previsão era de chuva, mas São Pedro colaborou e os recém-casados William (28) e Kate Middleton(29) deixaram a Abadia de Westminster em direção ao Palácio de Buckingham em carruagem aberta. Construído em 1902 para o rei Edward VII (1841-1910), o modelo com detalhes em ouro e forrado de cetim rubro é o preferido da rainha Elizabeth II (85) para eventos formais e foi usado pelos pais do noivo, o príncipe Charles (62) e Diana (1961-1997), em sua boda, há 30 anos.

Adorado por milhares de fãs e acostumado aos grandiosos festejos da coroa, William se surpreendeu com a quantidade de súditos que se espalhou pelas ruas de Londres para felicitá-lo. No trajeto até o palácio, o casal passou por símbolos da cidade, como o Parlamento, o Big Ben, a residência oficial do primeiro-ministro na Rua Downing e o parque St. James. Durante todo o percurso, William e a amada acenavam e sorriam para o público.

Escoltada pelo regimento montado da cavalaria real, a carruagem de Kate e William foi seguida por outras quatro que, respectivamente, levavam o príncipe Harry (28), a madrinha, Pippa (27) - ambos com os pajens e damas - a rainha e o duque e os pais dos noivos.

Tanto na cerimônia na Abadia de Westminster, quanto no trajeto feito de carruagem até o Palácio de Buckingham, o príncipe William (28) e Kate Middleton (29) conversaram pouquíssimo. O que não significa que o casal não tenha muito em comum. Especialistas em linguagem corporal dizem que a postura deles reflete sintonia e admiração mútua.

Em respeito ao protocolo real, o par evita trocar carinhos em público, prática que Kate teve de se acostumar logo no início do relacionamento. Os dois se conheceram em 2001, quando cursavam o primeiro ano de História na Universidade de St. Andrews. Quando ele começou a dar sinais de insatisfação com a escolha acadêmica, ela insistiu que ele se transferisse para o curso de Geografia. Ao longo dos anos, primeiro como amiga; depois, como namorada, a plebeia demonstrou lealdade ímpar ao nobre. Até mesmo quando ele terminou o romance, em meados de 2007, ela não se voltou contra o ex ou cogitou contar ao mundo sua rotina ao lado do cobiçado herdeiro.

Decidido a fazer o conto de fadas virar realidade - e durar para sempre -, William tomou providências para resguardar a privacidade da amada antes mesmo de desposá-la, levando-a para morar consigo em remota região do País de Gales. O primogênito do príncipe Charles (62) também fez questão que a eleita tivesse algum tipo de elo com a mãe, a princesa Diana (1961-1997). Pensando nisso, pediu a sua mão com o anel de noivado de Di. A joia era do irmão dele, Harry (26), que o escolhera como lembrança da mãe, enquanto William ficara com um relógio Cartier. Harry teria relutado em ceder a peça; o irmão o convenceu. Apesar de Kate excluir a palavra "obediência" dos votos matrimoniais - jurou amar, respeitar e confortar - William vê nela a mulher capaz de respeitar e apoiar suas escolhas. Como piloto de helicóptero da RAF, em quatro meses ele embarca para missão de dez semanas nas Ilhas Malvinas. Kate vai esperá-lo em casa.

A lista vip da cerimônia religiosa da boda do príncipe William (28) e Kate Middleton (29) deixou fora da celebração presidentes de países, os ex-primeiros-ministros da Inglaterra Tony Blair (57) e Gordon Brown(60) e até Sarah Ferguson (51), que foi casada com o príncipe Andrew (51), tio do noivo. Ainda mais seleto foi o grupo que prestigiou o coquetel promovido pela rainha Elizabeth II (85) no Palácio de Buckingham: apenas 650 pessoas.

Realizada em 19 ambientes da propriedade, entre eles o Salão Branco e a Galeria de Arte, a recepção foi regada a muita fartura. Sob comando do chef Mark Flanagan (43), a cozinha da realeza preparou 10000 canapés e ganhou elogios com as variações de caranguejo da Cornualha com maçã e limão e mini pudins yorkshire com rosbife e raiz forte.

Apesar da imponência do local, os convidados descreveram a festa como aconchegante e cheia de personalidade, a cara dos noivos.

Além do vestido de noiva de Kate Middleton (29), outro segredo bem guardado surpreendeu quem acompanhava ao vivo ou pela TV o enlace da beldade com o príncipe William (28). Após festejar seu casamento com 650 convidados em recepção oferecida pela rainha Elizabeth II (85), o casal deixou o Palácio de Buckingham a bordo de um charmoso conversível Aston Martin, de 1969. No cinema, o carro ficou famoso ao ser dirigido pelo agente James Bond, o 007.

O automóvel foi dado ao pai do noivo, príncipe Charles (62), como presente no seu aniversário de 21 anos. Hoje, ele é raramente visto fora da garagem e não roda mais do que 500km por ano. A exemplo dos plebeus, os jovens nobres tiveram o carro enfeitado por fitas e balões coloridos, - ideia do príncipe Harry(26), irmão do noivo. A placa traseira exibia o registro Ju5t Wed, alusão aos recém-casados, e a grade dianteira ganhou corações e a letra L, de learner, aprendiz em português.

Xodó de William, o modelo Volante DB6 MKII na cor Seychelles Blue é uma preciosidade do passado completamente adaptada para os dias modernos. Como os demais veículos de Charles, o automóvel foi convertido para rodar com etanol produzido com o excedente das uvas fermentadas de um vinhedo em Wiltshire. Confiante, William dirigiu e acenou para o público até a Clarence House, onde o casal descansou por algumas horas e se preparou para a segunda festa do casamento, o black-tie à noite.

Tido como um dos clãs reais mais poderosos do mundo, os Windsor provaram que sabem, como poucos, produzir um evento com pompa e circunstância. Conduzido de maneira impecável, a boda do príncipeWilliam (28), primogênito de Charles (62) e segundo na linha de sucessão ao trono, com Kate Middleton(29) monopolizou as atenções do mundo, atraiu milhares de turistas - injetando cerca de 1,6 bilhão de reais na economia do Reino Unido - e, segundo especialistas, pode ter aberto caminho para a modernização da monarquia. A boda custou cerca de 54 milhões de reais - 25 milhões a menos que o sim de Charles e Diana (1961-1997). A segunda boda de Charles, com Camilla (63), custou 13 milhões de reais.

Do alto dos seus 85 anos, a rainha Elizabeth II mostrou-se menos sóbria que de hábito, talvez por influência do vibrante look amarelo criado pela sua assistente pessoal, Angela Kelly, enfeitado pelo broche de platina e diamantes True Lovers Knot. Enquanto a condessa de Wessex, Sophie (46), com o marido, o príncipe Edward (47), foi sutil, com chique tailleur perolado, a filha da rainha, a princesa Anne (60), optou por florido casaco roxo e verde. Madrasta do noivo, Camilla (63) destacava-se pelos tons suaves e chapéu criado pelo irlandês Philip Treacy (43).

Sem o sangue azul dos Windsor, mas com discrição e classe de sobra, os Middleton brilharam. Exaeromoça que fez fortuna com a venda de artigos para festas infantis com o marido, Michael (61), Carole(54) encomendou roupa, não gostou e não arriscou: optou pelo conjunto da grife Catherine Walker - uma das preferidas de Diana - e chapéu by Jane Corbett. Deu certo: a mãe de Kate era uma das mais bem vestidas.

Amigos de Kate Middleton (29) enumeram facilmente uma lista de qualidades na jovem: carisma, discrição, lealdade, candura na voz e no coração. Mas a eleita do príncipe William (28) guardava na manga um dom almejado por mulheres em todo o mundo: quem diria que a duquesa de Cambridge era também exímia maquiadora? Mesmo com os melhores profissionais da área aos seus pés, Kate optou por fazer ela própria o make no seu grande dia, ideia inconcebível para muitas. Após ter aulas particulares com a expert Arabella Preston, Kate aplicou sombreado nos olhos, blush e batom rosado, tudo sem exagero, como pede o protocolo real. Segundo os especialistas, deveria apenas evitar lápis na parte inferior dos olhos, o que os diminui.

Por indicação da madrasta de William, Camilla (63), Kate fez as unhas com Marina Sandoval, do salão londrino Jo Hansford. A profissional misturou dois esmaltes, rosa 28 Bourjois e 423 Allure Essie, para chegar ao tom off-white ideal. Esmaltes coloridos não fazem mais parte de sua vida, outra regra da realeza britânica. Já as madeixas ficaram a cargo de James Pryce (33), do salão Richard Ward, frequentado pelas mulheres do clã Middleton há quase uma década. "Foi o trabalho do século, uma oportunidade fantástica e uma grande honra", celebra James.

Dona de longos fios castanhos geralmente usados soltos, Kate exibiu o cabelo preso na frente, o que ressaltou seus traços e a tiara em ouro branco e diamantes Cartier. Datada de 1936, a peça foi comprada pelo rei George VI (1895-1952) para a mulher, Elizabeth (1900-2002), três semanas antes de ele suceder o irmão no trono. Ao completar 18 anos, a herdeira do casal, a rainha Elizabeth II (85), foi presenteada com a peça. Seguindo a tradição de usar um item novo, um antigo e emprestado e outro azul - a fita costurada no interior do vestido - Kate devolveu a tiara emprestada à monarca, mas guardou os brincos by Robinson Pelham, mimo dos pais, Michael (61) e Carole (54).

Recheado de pequenos, mas ricos detalhes, o bolo do tão esperado "sim" de Kate Middleton (29) e do príncipe William (28) surpreendeu pelo sabor e delicadeza. Preparado pela chef inglesa Fiona Cairns (56), a delícia em forma de obra de arte teve oito andares com 17 bolos ao todo, sendo 12 só nas bases. Clássico e na cor creme, ele foi decorado com flores nativas do Reino Unido, teve massa regada com conhaque francês e recheio de frutas. Entre elas, passas e nozes. "Fizemos várias flores extras, caso algumas quebrassem durante a montagem no palácio. O transporte até lá foi a parte mais difícil de todo processo, mas foi um trabalho muito gratificante e o resultado ficou perfeito", diz ela. A criação foi desejo da noiva, mas o noivo também fez um pedido, a sua sobremesa preferida de infância: o bolo biscuit de chocolate, uma das tradicionais receitas da monarquia inglesa a base dos tea biscuits ingleses McVitie's.

Delicadeza é mesmo a palavrachave nas escolhas da nova duquesa de Cambridge. Discreto e desenhado por Shane Connolly (47), o buquê de Kate foi ornamentado por lírios-do-vale, representando a volta da felicidade; jacintos, símbolos da consistência no casamento; e a Sweet William, flor típica do Reino Unido que denota o galanteio e foi nomeada em homenagem ao jovem príncipe. "Não me importei com a pressão das outras pessoas, apenas com o que os noivos queriam. Nosso foco foram as flores nativas e a mensagem que cada uma delas transmite", explica o designer floral, também responsável pela decoração da Abadia de Westminster e que, em 2005, imprimiu seu talento na segunda boda do pai de William, o príncipe Charles (62), com Camilla (63), duquesa da Cornualha. O arranjo ainda incluiu ramo de mirto do arbusto plantado em 1845 pela rainha Vitória (1819-1901) em Orborne House, propriedade real na ilha de Wight. O ritual é tradição nas bodas reais inglesas desde 1858 e simboliza a inocência da noiva - além de a espécie representar o amor e o casamento.

A rainha Elizabeth II (85) anunciou, no dia 29 de abril, com quais títulos honrará o neto William (28) e sua eleita, Kate (29). O casal passa a atender como duque e duquesa de Cambridge - designação mais alta da nobreza, abaixo apenas de príncipe e rei - e também acumula as distinções de conde e condessa de Strathearn e barão e baronesa de Carrickfergus.

Extasiados, os recém-casados posaram com a família no Palácio de Buckingham. Na frente, as graciosas damas de honra Grace van Cutsem (3) e Eliza Lopes (3), o duque de Edimburgo, Philip (89), marido da rainha, os noivos, as daminhas Margarita Armstrong- Jones (8) e lady Louise (7) e o pajem William Lowther-Pinkerton (10). Atrás, o pajem Tom Pettifer (8), a duquesa da Cornualha, Camilla (63), avó de Eliza e mulher de Charles (62), pai do noivo e do príncipe Harry (26), o casal Michael (61) e Carole Middleton (54), e os irmãos da noiva, James (24) e Pippa (27).
No altar, os noivos entre o pai dela, Michael Middleton, e o irmão dele, o príncipe Harry, na boda conduzida por Rowan Williams, o arcebispo de Canterbury.

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